O filme é sim um obra diferente de tudo o que
conhecemos hoje. A história é simples demais, os personagens não possuem
profundidade, o ritmo é empolgante, mas se prende na dualidade do bem contra o
mal, além de toda a história rodar no cappuccino que o Hudson Hawk queria tanto
tomar. O filme tem um charme especial, que chega a cativar quem assiste. A
forma que os autores interagem chega a ser simplista demais, mas também chega a
ser um dos pontos altos do filme.
A forma com que o Bruce Willis realiza os seus
assaltos é colocada como uma apresentação. O simples fato de cronometrar a ação
com seu colega Toni Five-Toni (Danny Aielo) com músicas já nos leva a uma
condição de fantasia. Além da atuação dos “agentes” da CIA, que também são
louváveis, salvo todas as limitações do roteiro. Até mesmo a mocinha ser uma
freira a serviço de uma organização secreta do vaticano que contava com o apoio
da CIA, mas que foi traída pelos agentes no meio do filme. Isso é uma parodia
do que realmente aconteceu, quando nas décadas de 80 e 90 realmente a CIA e o
Vaticano estavam empenhados em causas conjuntas, uma delas era a de acabar com
a União Soviética, mas quando os dois lados começaram a ter objetivos
divergentes, essa boa aliança foi quebrada de forma direta e, aparentemente,
definitiva.
Outro ponto em que o filme ganha destaque (e que não
é muito bom, para alguns) são os vilões. Tudo é muito explicito, e logo na cena
do leilão, quando o casal mayflower aparece, já fica claro para o espectador
que eles são os vilões. O filme é antigo, não acredito que tenha muitos fãs,
mas é uma boa opção para quem quer uma história leve com o sempre previsível
final feliz.
Para quem se preocupa mais com a técnica e com as interpretações,
aconselho que não assista, pois vão odiar o filme. Para quem viu o filme quando era criança (como era o meu caso) e GOSTOU dele na época, aconselho que NÃO ASSISTA, para que não se decepcione. Quem quiser arriscar, boa sorte!
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